Os procedimentos abordados a seguir têm como objetivo a execução de contrapisos com reduzidas espessuras, buscando maior economia sem, porém, comprometer a qualidade, fundamentados em uma dosagem racional de argamassa semisseca. A execução do contrapiso proposto exige que o mesmo seja do tipo aderido, pois desta forma trabalha em conjunto com a laje, sendo capaz de suportar uma maior intensidade de solicitações.
Contrapiso é uma camada intermediária, de argamassa ou concreto, entre a estrutura de uma edificação e o revestimento do piso ou acabamento.
A principal função do contrapiso é regularizar o solo ou a laje de concreto para que estes recebam o acabamento ou revestimento que o cliente deseja.
Documentos necessários
- Projeto arquitetônico da obra;
- NBR 13753 – Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante.
Materiais ou equipamentos que serão utilizados
- Argamassa para contrapiso;
- Cimento;
- Mangueira de nível ou nível a laser;
- Pedaços de cerâmica ou tijolo para fazer as marcações de nível;
- Colher de pedreiro;
- Trena;
- Balde ou lata para colocar água;
- Brocha;
- Desempenadeira;
- Régua metálica;
- Socador manual para compactação do contrapiso;
- Pá;
- Enxada;
- Alavanca;
- Vassoura;
- EPI – Equipamentos de Segurança Individuais.
Método Executivo
Condições para o início do serviço de contrapiso
- Áreas molhadas como banheiros, áreas de serviço, cozinhas e varandas devem estar impermeabilizadas e prontas para o recebimento do contrapiso;
- Se existirem pontos de esgotos como ralos, saída de esgoto de vasos sanitários e lavatórios os mesmos devem estar prontos.
- Marcação da Alvenaria completamente concluída.
- Pavimento desescorado há 60 dias.
- O ambiente deverá estar limpo, sem a presença de entulhos, restos de argamassa ou outros materiais aderidos na base.
- A base deverá estar isenta de pó e de outras partículas soltas,óleo,graxa,cola,tinta ou proditos que tenham aditivos químicos.
Definição dos Níveis
- A partir do nível de referência, transferir os pontos de níveis para todos os cômodos utilizando-se a mangueira de nível, nível alemão ou o nível a laser. Nesta etapa, observar os pontos em que o contrapiso será mais alto ou mais baixo dependendo do cômodo;
- Assentar as taliscas (pedaços de cerâmica ou tijolo) utilizando-se a mesma argamassa que será utilizada no contrapiso. As taliscas deverão ser assentadas com distanciamento máximo de 2m, e respeitando os caimentos nas áreas frias;
Aplicação da Argamassa de Contrapiso
- Assentar as taliscas (pedaços de cerâmica ou tijolo) utilizando-se a mesma argamassa que será utilizada no contrapiso. As taliscas deverão ser assentadas com distanciamento máximo de 2m, e respeitando os caimentos nas áreas frias;
- Assentar as taliscas sobre a base previamente umedecida. A limpeza poderá ser feita com o auxílio de uma brocha e a distância entre as taliscas não deve ser maior do que a régua usada na execução do contrapiso.
- Polvilhar cimento para que se forme uma nata, a fim de garantir a aderência da argamassa de assentamento das taliscas à base, uma vez que ela ficará incorporada ao contrapiso quando da sua execução. A argamassa de assentamento deve ser a mesma daquela utilizada no contrapiso.
Execução das mestras
A produção das mestras deve ocorrer imediatamente antes do lançamento da argamassa para a execução do contrapiso como um todo, não sendo necessária e nem recomendada a sua execução com muita antecedência. Os seguintes procedimentos podem ser seguidos:
• Aplicar a camada de ponte de aderência, composta de cimento polvilhado e vassourado sobre superfície molhada, resultando numa fina camada de nata.
• Preencher uma faixa no alinhamento das taliscas com a argamassa de contrapiso, de maneira a sobrepor o nível das taliscas, utilizando-se a enxada para o seu espalhamento.
• Compactar a argamassa, utilizando um soquete de madeira.
• Apoiando a régua de alumínio sobre as taliscas, "cortar" a argamassa excedente de modo a obter toda a faixa (mestra) de argamassa no mesmo nível das taliscas.
• Remover as taliscas e preencher o espaço com argamassa, sempre mantendo o nível com a régua metálica.
Aplicação da argamassa
• Após a aplicação da camada de aderência, lançar a argamassa sobre a base de modo que, ao ser espalhada, sobreponha o nível das mestras, quando a espessura total do contrapiso não ultrapassar 30 mm. No caso de espessuras superiores, o espalhamento da argamassa deverá ser feito em duas ou mais operações consecutivas, intercaladas pela compactação das camadas.
• Espalhada a argamassa, a camada deve ser compactada com auxílio do soquete. Se após a compactação a camada ficar abaixo do nível das mestras, acrescentar argamassa e recompactar.
• Sarrafear toda a superfície com auxílio da régua, que deve estar apoiada sobre as mestras, usando-as como referência de nível.
Acabamento superficial
A superfície do contrapiso pode receber diferentes acabamentos, em função das características dos revestimentos a serem empregados e do trânsito a que ficarão submetidos antes da aplicação destes. Os procedimentos para a execução dos acabamentos comumente utilizados são:
• Desempenado (desempenadeira de madeira)
Em função da umidade de aplicação da argamassa e do tempo decorrido entre a sua aplicação e o desempeno, pode ser necessário borrifar água sobre a superfície do contrapiso para facilitar a operação de desempeno. Esse acabamento é indicado nos casos em que serão utilizados revestimentos fixados com dispositivos ou com argamassas colantes.
Caso seja desejável maior resistência superficial do contrapiso devido à sua exposição às condições de obra até a entrega final, pode-se executar o acabamento queimado:
imediatamente após o sarrafeamento da superfície, polvilhar cimento em quantidade aproximada de 0,5 Kg/m2, empregando-se uma peneira.
• iniciar o desempeno utilizando a desempenadeira de madeira. Nos casos em que a superfície do contrapiso apresentar-se muito seca, borrifar água para facilitar o desempeno.
• Utilizando a desempenadeira em movimentos circulares, o cimento polvilhado vai se misturando à superfície da argamassa, constituindo uma fina camada (2 a 3 mm) com elevada resistência mecânica.
• se necessitar de uma superfície ainda mais lisa, utilizar desempenadeira de aço no acabamento final.
• iniciar o desempeno utilizando a desempenadeira de madeira. Nos casos em que a superfície do contrapiso apresentar-se muito seca, borrifar água para facilitar o desempeno.
• Utilizando a desempenadeira em movimentos circulares, o cimento polvilhado vai se misturando à superfície da argamassa, constituindo uma fina camada (2 a 3 mm) com elevada resistência mecânica.
• se necessitar de uma superfície ainda mais lisa, utilizar desempenadeira de aço no acabamento final.
Após a execução
• o contrapiso deverá ser isolado do trânsito de pessoas e equipamentos por pelo menos três dias. Após este período, o trânsito de pessoas é permitido, mas não recomendável. O trânsito de equipamentos não é recomendável.
• O prazo mínimo para a secagem do contrapiso é de 28 dias e deve ser respeitado, evitando-se a instalação de revestimentos, principalmente se estes forem suscetíveis à umidade. Mesmo revestimentos cerâmicos, geralmente inertes à ação da água, podem estar sujeitos a eflorescências no rejunte devido ao excesso de água do contrapiso.
• O prazo mínimo para a secagem do contrapiso é de 28 dias e deve ser respeitado, evitando-se a instalação de revestimentos, principalmente se estes forem suscetíveis à umidade. Mesmo revestimentos cerâmicos, geralmente inertes à ação da água, podem estar sujeitos a eflorescências no rejunte devido ao excesso de água do contrapiso.
Fonte - http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/







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